O Atlas Estadual de Vulnerabilidade às Inundações apresenta o diagnóstico da vulnerabilidade dos rios, identificando os trechos inundáveis, o grau de impacto e a frequência das inundações e, assim, determinando o seu grau de vulnerabilidade. O estudo incorpora o conhecimento local das comunidades afetadas pelas inundações.

O documento construído de maneira participativa com o apoio da Defesa Civil Estadual e dos municípios, por meio das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (COMDECS), surgiu a partir de um projeto da Agência Nacional de Águas (ANA) que em 2012 iniciou o desenvolvimento do Atlas Brasileiro, em conjunto com os Estados.

O Atlas capixaba difere do documento nacional no nível de detalhe das informações levantadas. A hidrografia do mapeamento da ANA está na escala 1:1.000.000, enquanto no Espírito Santo o documento está fundamentado na base cartográfica do IBGE, escalas 1:50.000 e 1:100.000. Esta diferenciação da base cartográfica possibilita um maior detalhamento da informação espacializada e no nível do município é possível identificar com maior precisão os trechos de rios vulneráveis à inundação.

Dos 78 municípios, 47 contribuíram para esta versão do Atlas, representando 60,26% do território capixaba. A maioria apresenta problemas de inundação em suas sedes. O grau do impacto é geralmente alto ou médio e as frequências são sempre altas.

O mapeamento das áreas de risco à inundação é um instrumento importante para orientar a ocupação do espaço urbano. O Atlas reúne e consolida as informações sobre inundações existentes nos Municípios e, por conseguinte, deverá subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e mitigação de eventos críticos, ordenamento do território e contribuir para a alocação racional de recursos públicos.